domingo, 7 de agosto de 2011

Exame fisico

Oi sou estudante de enfermagem
E sei o quanto é importante a realização do exame fisico no cuidado com paciente

EXAME FÍSICO
Deve ser céfalo-caudal
Inspeção
Olfato
Ausculta
Palpação
Percussão


A sua realização depende do desenvolvimento da coordenação psicomotora, bem como, do desenvolvimento da sensibilidade do estudante no sentido de imaginar e sentir o paciente.
Para tanto, é fundamental um intenso treinamento prático em pessoas normais (os próprios colegas) e após no paciente.

INSPEÇÃOÉ

A exploração feita usando-se o sentido da visão. Pode ser panorâmica ou localizada.
Pode ser feita a olho nu ou com auxílio de uma lupa.
É necessário dispor de uma iluminação adequada, descobrir a região a ser inspecionada e ter em mente as características normais da área observada

PALPAÇÃO

A palpação recolhe dados através do tato e da pressão. O sentido do tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas.
Pela palpação é possível perceber modificações da textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade e edema.

O examinador deve procurar aquecer suas mãos, friccionado uma contra a outra, antes de iniciar a palpação.

As unhas, além de estarem bem cuidadas, devem estar curtas, para que não machuquem a pele do paciente
Pode ser feita das seguintes maneiras:
Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou de ambas as mãos;
Palpação com uma das mãos superpondo-se à outra;
Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos;
Palpação com a borda da mão
Palpação usando o polegar e o indicador formando uma “pinça”;
Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos;
Digitopressão – realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos: pesquisar a existência de dor, avaliar a circulação cutânea, detectar a presença de edema.

PERCUSSÃO

envolve dar pirapotes com os dedos ou as mãos de maneira rápida e precisa contra as superfícies corporais, a fim de produzir sons, para detectar sensibilidade, avaliar reflexos, bem como a resistência oferecida na região golpeada.

Permite determinar se um órgão encontra-se sólido, cheio de líquido ou gás
Baseia-se no princípio de que se ao golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto à intensidade, timbre e tonalidade, na dependência da estrutura anatômica percutida.



Percussão
direta: é realizada utilizando-se as pontas dos dedos na região alvo. Os dedos permanecem fletidos, e os movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho.

Percussão indireta
(dígito-digital): é realizada golpeando com a borda ungueal do dedo médio da mão dominante a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do indicador da outra mão.



PERCUSSÃO
Percussão contusa – é mais utilizada para detectar sensibilidade. Os dedos de uma mão ficam estendidos e unidos sobre a superfície a ser examinada, com a outra mão golpea-se a região desejada com a borda ulnar, procurando observar se a manobra provoca alguma sensação dolorosa.

AUSCULTA
Deve ser realizada em ambiente silencioso.

Geralmente o paciente é colocado em decúbito dorsal, com o tórax descoberto e a cabeça apoiada em um travesseiro


OLFATO
Algumas vezes a percepção de determinados odores podem fornecer indícios para os diagnósticos de enfermagem.


Verificação dos Sinais Vitais

Pressão
Temperatura
Freqüência cardíaca
Respiração

Peso
Altura


ESTADO GERALÉ
uma avaliação subjetiva baseada no conjunto de dados exibidos pelo doente e interpretados pelo profissional. “É o que apresenta a pessoa, vista em sua totalidade”.

ESTADO GERAL BOM
ESTADO GERAL REGULAR
ESTADO GERAL RUIM

Avaliação do Estado Mental

Nível de consciência: é o grau de vigília (plena consciência) ou a capacidade da pessoa ser despertada.
A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, que é resultante da atividade das diversas áreas cerebrais.

A avaliação do nível de consciência é feita pela exploração da perceptividade e da reatividade

PERCEPTIVIDADE: compreende a capacidade para responder a perguntas simples:
COMO VAI?
QUAL SEU NOME?
QUE DIA É HOJE?
SABE ONDE ESTÁ

REATIVIDADE: é a capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como, por exemplo, desviar os olhos e a cabeça para um ponto onde se faça um barulho. A reatividade, pode ser avaliada, também, em relação à dor.
Acordado e alerta: totalmente desperto, segue os comandos e responde completamente e de maneira apropriada aos estímulos.

Letárgico: parece sonolento ou adormecido na maior parte do tempo, faz movimentos espontâneos e pode ser acordado quando chamado ou sacudido
Torpor: inconsciente a maior parte do tempo, pode reagir a dor, ao chamado, embora não de forma adequada. Exige uma estimulação vigorosa para resposta.

Comatoso: não responde apropriadamente aos estímulos verbais ou dolorosos, incapaz de obedecer aos comandos ou comunicar-se verbalmente


Escala de GlasgowDescreve
o estado mental basal do cliente;
Detecta e interpreta alterações em relação aos achados basais;
Minimiza a subjetividade do nível de consciência;
Estabelece maior grau de confiabilidade;
Avalia o nível de consciência do paciente de acordo com as respostas de abertura dos olhos, verbal e motora.Avalia o nível de consciência
Componente Resposta Score
Abertura ocular Espontânea 4
ao comando verbal 3
à dor 2
sem resposta 1
Resposta motora ao comando verbal 6
a dor localizada 5
flexiona/retrai 4
Flexiona anormalmente 3
Estende anormalmente 2
sem resposta


Escala de Glasgow

A pontuação igual a 15 indica que o paciente está alerta, pode responder a comando simples e está orientado sob os aspectos pessoal, espacial e temporal.
A diminuição da pontuação em uma ou mais categorias pode ser sinal de alteração neurológica.
Um score de 7 pontos, ou menos indica estado de coma.

Observar a aparência, o comportamento geral e as respostas as perguntas


Exame da Pele e cabelos

São observados por meio de observação e palpação.

Sempre proteger a privacidade do paciente, expondo somente a área a ser examinada.

Luminosidade adequada
A cor da pele varia entre os indivíduos


Variações da cor Áreas de avaliação Possíveis causas
Avermelhada face, área específica enrubescimento
(eritema) da pele álcool, febre,
lesão, infecção

Azulada (cianose) – orelhas, lábios, interior da boca, pernas, pés e mãos, base das unhas- ambiente frio doença cardíaca
ou respiratória.

Amarelada (icterícia) – áreas generalizadas da pele,
mucosas e esclerótica – doença ou alteração hepática


Palidez – áreas expostas, em especial face e lábios e
Mucosas – anemia, choque (diminuição do volume de sangue)

Vitiligo – áreas generalizadas da pele, bases das unhas- despigmentação

Bronzeada – áreas expostas ao sol – exposição excessiva, gravidez (cloasma

Observar:
Arranhões
Cortes
Picadas de insetos
Feridas
Escabiose
Manchas
Hematomas/equimoses
Alterações das unhasCurativos: local, tamanho, tipo
Drenos
Escaras/Úlceras: localização, tamanho

Umidade e turgor da pele
Em geral a pela é morna e seca.

A textura da pela pode variar de lisa e macia a ressecada e áspera.

TURGOR é a elasticidade da pele. Normalmente a pele pode ser pinçada em uma dobra, que retorna à sua forma quando liberada.
Quando o paciente está desidratado, reduz-se a elasticidade e a dobra da pele volta lentamente ao normal.

EDEMA – inchaço, ocorre por excesso de líquido nos tecidos. A pele fica brilhante e estica e é difícil pinçá-la.
Algumas causas: hidratação excessiva, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, desnutrição, trauma, doença vascular periférica.
CACIFO: é quando a área de edema é palpada com os dedos e se forma uma reentrância que pode permanecer após liberação da pressão.

Utiliza-se uma escala:
0 – nenhum
+1 – vestígio (2mm)
+2 - moderado (4mm)
+3 – profundo (6mm)
+4 – muito profundo (8mmObservar os cabelos quanto à cor, textura e distribuição.

Alopecia – calvície
Hirsutismo – quantidade excessiva de pêlos no corpo e rosto
Perda de cabelo por quimioterapia, radioterapia, infecção, distúrbios hormonais, má nutrição, oxigenação reduzidaPediculose (piolho)
Lêndeas
Sujidade
Seborréia
Ressequido/oleoso


Olhos
Acuidade visual (usa óculos?, refere dificuldade de enxergar?)
Edema/eritema
Inflamação
Lacrimejamento
Isocoria: igualdade de tamanho de ambas as pupilas
Anisocoria: Diferença de tamanho de ambas as pupilas
Pupilas Puntiformes
Pupilas fotorreagentes: reagem à estímulo luminoso.
Pupilas não-fotorreagentes: não reagem ao estímulo luminoso.
Midríase: dilatação da pupila
Miose: contração da pupila
Nariz
Epistaxe (sangramento nasal)
Coriza
Obstrução

Boca
Halitose
Hálito amoniacal:devido a concentração de uréia na saliva e sua decomposição em amoníaco pelas bactérias
Hálito cetônico: Cheiro adocicado- diabetes
Próteses dentárias
Ausência de dentes/ cáries

Os lábios e as gengivas normalmente são rosados, úmidos e lisos

As amígdalas, se presentes, são rosadas, pequenas e de mesmo tamanho.

Alterações das mucosas incluem esbranquiçamento, cianose, eritema e edema.
As amígdalas inchadas e avermelhadas podem indicar infecção.

Fala e Linguagem
A debilitação da fala ou da função da linguagem pode ocorrer em razão de:
Disfasia – é a diminuição da capacidade de utilizar ou compreender a linguagem.
A disfasia pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele) ou de expressão ou motora (o paciente entende mas não consegue se expressar
Afasia – é a incapacidade de usar ou entender a linguagem, ou ambas, causada por lesão do córtex cerebral

Dislalia – é o termo que se usa para designar alterações menores da fala, como a troca de letras (tasa por casa) e a gagueira

Disartria – decorre de alteração nos músculos da fonação e/ou da incoordenação cerebral. Um exemplo é voz baixa, monótona e lenta do parkinsonismo
Orelha e ouvido
Acuidade auditiva
Secreção
Sujidade
Lesões
NÓDULOS LINFÁTICOS

BUSCAR AUMENTO, SENSIBILIDADE E MOBILIDADE

Os nódulos não costumam ser palpáveis, quando isso ocorre, devem ser pequenos, móveis, não-rijos e não-sensíveis.
Linfadenopatia: nódulos linfáticos aumentados – podem indicar infecção, distúrbio auto-imune ou metástase de câncer.

EXAME DO TÓRAX

INSPEÇÃO – OBSERVAR A COR DO PEITO DO PACIENTE, OS PADRÕES RESPIRATÓRIOS E O DESENVOLVIMENTO MUSCULAR
Cor: deve ser uniforme, coerente coma cor do rosto do paciente.

Forma: deve apresentar uma elevação igual. Deve ser simétrico, com o diâmetro transverso maior que o ântero-posterior.

Respirações: devem ser suaves e constantes, variando de 12 a 20mrpm
Não deve haver esforço muscular

ACHADOS ANORMAIS
Aumento no tamanho e no contorno do peito. Ex: peito em barril

Esforço respiratório com uso de musculatura acessória. Ex: DBPOC

Expansão desigual do peito. Ex: pneumonia

Sons respiratórios anormais. Ex:secreção


PALPAÇÃO – DETECTA ÁREAS SENSÍVEIS, EXPANSÃO DO TÓRAX DURANTE A RESPIRAÇÃO E VIBRAÇÕES, UMIDADE E TEMPERATURA.

Pedir que o paciente inspire profundamente e observar

Achados anormais
Pele fria, excessivamente ressecada ou úmida, assimetria muscular, sensibilidade, grânulos, sensação vibratória aumentada ou diminuída, expansão assimétrica do tórax e padrões respiratórios anormais.

PERCUSSÃO PULMONAR

No PULMÃO CHEIO DE AR, o som é oco forte, de tonalidade baixa e de duração longa. Esse som é chamado de RESSONÂNCIA (som claro pulmonar).

Observar a intensidade, a tonalidade, a duração e a qualidade dos sons produzidos

Achados anormais

Hiperressonância: escutada sobre o tecido pulmonar com enfisema

Abafamento sonoro: escutada em caso de presença de líquidos
Ausculta de sons respiratórios – os sons resultam do movimento livre de ar, para dentro e para fora dos pulmões.

O paciente deve estar sentado, respirando lenta e profundamente pela boca


Achados anormais
Estertores: respiração ruidosa e com esforço

Estridor: é um som de tonalidade alta e irritante, escutado durante a inspiração, quando há estreitamento da via área superior, como a laringe ou a traquéia.

Crepitante: estalidos, feitos quando o ar passa através da umidade
Roncos: som áspero

Chiados: são sons contínuos, com origem nas pequenas passagens de ar estreitadas por secreções.


QUANDO OCORRER TOSSE PRODIUTIVA DURANTE O EXAME, EXAMINAR O CATARRO QUANTO A COR, CONSISTÊNCIA E QUANTIDADE

AUSCULTA DE SONS CARDÍACOS


Busca escutar os sons cardíacos causados pelo fechamento das válvulas do coração.
Auscultar na seguinte ordem:

Área aórtica: 2º espaço intercostal à direita
Área pulmonar: 2° espaço intercostal à esquerda
Ponto de Erb: no 3° espaço intercostal
Área tricúspide: 5° espaço intercostal, junto ao externo
Área mitral: região apical, 5° espaço intercostal

Sons normais produzidos (B1 e B2)
“TUM”: quando as valvas mitral e tricúspide se fecham e se inicia a contração ventricular. É melhor escutado na área apical.

“TA”: ocorre no final da sístole e corresponde ao início da diástole ventricular. Corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar. É mais alto nas áreas aórtica e pulmonar.
Achados Anormais
Incluem sons cardíacos a mais, além da freqüência ou ritmos anormais.

Sopro ou B3: “tum-ta-ta” (galope de cavalo): é melhor escutado na área mitral. É considerado normal em crianças e adultos jovens. Pode indicar que o ventrículo não esteja suficientemente complacente para aceitar o volume de enchimento sem força adicional.


B4: “tum-tum-ta”, é mais audível no foco tricúspide ou mitral. Pode ser considerado normal em pacientes idosos. O som indica uma artéria parcialmente bloqueada ou tensa demais, fazendo com que o sangue tenha dificuldade de fluir.





EXAME DAS MAMAS E DAS AXILAS

São observadas especialmente nas mulheres, embora os homens, também possam apresentar alterações mamárias.

Inspecionar tamanho, forma, simetria, cor, textura e lesões de pele.


O tamanho é variável entre as pessoas

A forma é arredondada e de linhas suaves, sem depressões na pele (retração) ou rugas (ondulações).

A coloração deve ser coerente com o resto da pele e a textura lisa.

Inspecionar a aréola e o bico dos seios, bem como a presença de secreção.

Tubérculos de Montgomery

Palpação – buscar grânulos ou caroços anormais nas mamas e nas axilas

Quadrantes: Superior externo, inferior externo, superior interno, inferior interno






EXAME DO ABDOME
Dividir o abdome em quatro quadrantes: superior direito, inferior direito, superior esquerdo e inferior esquerdo.

Inspeção – a cor da pele pode ser levemente mais clara do que as áreas expostas.
Podem existir estrias
O umbigo deve estar centralmente localizado achatado e concâvo


O abdome deve ser de igual forma, arredondado ou simétrico, sem peristaltismo visível.

Ausculta- escutar os 4 quadrantes, na direção horária.

Achados anormais
Aumento dos sons intestinais - ex:diarréia
Diminuição dos sons intestinais – Ex: após cirurgia, peritonite

Percussão – os sons normais são timpânicos (som alto de timbre alto, semelhante a tambor), sendo abafado no fígado (maciço)
e na bexiga cheia.

Achados anormais
Sons timpânicos diminuídos e sons abafados aumentados, causados, provavelmente, por líquidos ou massa.

Palpação – palpar todos os quadrantes observando sensibilidade, aumento dos órgãos ou massas.

O abdome deve estar macio, relaxado e livre de sensibilidade.

Achados anormais
Rigidez involuntária, espasmos e dor.

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